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    quinta-feira, 1 de maio de 2008

    Grandes acontecimentos do século XX


    A tragédia do Kursk

    O naufrágio do submarino Kursk ao largo do Mar de Barents faz 118 mortos e deixa toda a Rússia em choque.

    Dia 12 de Agosto de 2000. Todos pararam petrificados em frente às televies e rádios. Via imagem ou som, a tragédia do naufrágio do submarino Kursk abalou o mundo e deixou a nu toda uma nação dita poderosa e que sempre defendeu um orgulho supremo nas suas capacidades. A Rússia estava ferida e a sua nação de luto pela tragédia que lhe matou 118 homens. Ao largo do mar de Barents, a norte da Rússia, o maior submarino nuclear da Marinha Russa encalhou a cerca de cem metros de profundidade. As águas geladas de Barents e o mar revolto do norte russo ficaram para sempre definidos pelo cenário horrível da provável explosão de um torpedo com defeito de um dos compartimentos do submarino. Esta melhor peça do arsenal bélico russo tinha apenas cinco anos de uso e estava num exercício naval; a tragédia não podia ter sido mais inesperada e horrível. A uma escala global a tragédia se fez sentir e durante a semana que se seguiu e que presidiu às tentativas de salvamento, todo o mundo esteve preso à esperança de resgatar alguém com vida. Somente um erro manchou todas essas tentativas infrutíferas de salvamento: a relutância da Rússia em aceitar a ajuda vinda dos EUA, da Inglaterra e da vizinha Noruega logo nos primeiros dias do desastre e, a posterior aceitação passados cerca de quatro dias. O orgulho ferido sobrepôs-se à necessidade imediata de ajuda para resolver a situação, custando assim aquelas imensas vidas e a tragédia que assolou toda a Rússia. As recusas de ajuda deveram-se ao facto da potência russa não permitir que se elevasse o facto de ter existido uma falha e de naquele momento não existir uma capacidade para resolver o naufrágio. Vladmir Putin estava de férias e assim continuou. Só passados alguns dias é que deliberou a aceitação dos pedidos de ajuda e assim accionou os mecanismos internacionais de salvamento. Já era tarde demais. Estima-se que os tripulantes do submarino tenham morrido logo após a explosão. Do resto pensa-se que tenha perecido por falta de oxigénio. Mesmo assim foi uma tragédia desumana, acidental e que deixou o mundo em estado de choque. Passados oito anos sobre a tragédia, a história do submarino Kursk ainda comove o povo russo e o mundo que, já habituado a grandes desastres humanos e naturais, se vai habituando a estas insólitas histórias.

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