Estórias no Twitter

    follow me on Twitter

    quarta-feira, 30 de abril de 2008

    O cidadão jornalista versus jornalista profissional


    Nos tempos que correm, falar de jornalismo já não abrange genericamente todo o trabalho feito por indivíduos profissionalizados na área da Comunicação Social ou de Jornalismo que, como ocupação principal, permanente e remunerada, exerçam funções de pesquisa, recolha, selecção e tratamento de factos, notícias ou opiniões, através de texto, imagem ou som, destinados a divulgação, com fins informativos, pela imprensa, por agência noticiosa, pela rádio, pela televisão ou por qualquer outro meio electrónico de difusão (In Estatuto do Jornalista).

    Falar de jornalismo neste século XXI passa, irremediavelmente, por falar de convergência e da facilidade de qualquer pessoa, o cidadão comum, poder fazer o trabalho de pesquisa e tratamento de informação e ver o seu trabalho aproveitado para um outro qualquer meio de comunicação social. Este novo conceito de jornalismo, mais abrangente e mais participativo, partilha da nova tendência mundial de definição do trabalho jornalístico, conferindo-lhe um novo âmbito de actuação e uma maior amplitude. Segundo Jeff Jarvis, “é um erro definir o jornalismo com base em quem o pratica. Há pessoas que podem fazer um acto de jornalismo uma única vez na vida. Por exemplo, alguém que no tsunami [no Sudeste asiático] tirou uma foto do que se estava a passar, isso foi um acto de jornalismo. O papel do jornalista muda. Temos mais gente a fazer jornalismo, isso pode ser confuso”.1 Esta nova concepção do trabalho jornalístico está a gerar uma mudança em toda a prática informativa. Mais uma vez é apontado o advento das tecnologias digitais e o avanço constante da Internet, que permite que qualquer pessoa a qualquer hora, capte e partilhe o que vê, ouve e sente, por forma a informar as outras pessoas e assim, ser um contribuinte activo na construção de uma sociedade mais informada. O jornalista profissional muda o seu actuar e, agora, não se pode singir somente ao que recolhe. Tem de estar atento às dicas que o receptor lhe dá e ao que gostaria de ver abordado.

    Jeff Jarvis (detentor do blog Buzzmachine e especialista nos EUA sobre a evolução da Internet) aponta igualmente para uma crescente “hiperproximidade” entre o mundo do jornalismo e os seus receptores, agora transformados em colaboradores de vontade imediata e que podem ajudar a esclarecer o que se passa à sua volta. “Acho que vão fazer o jornalismo melhor. Temos de fazer experiências. Há oportunidades para fazer mais jornalismo que nunca”. O avanço crescente do fenómeno “blogosfera” ajuda em muito esta proliferação do trabalho feito pelo cidadão comum. Cada um de nós pode comentar notícias, dar a sua opinião e mandar as suas fotos ou vídeo via Internet. Steve Yelvington, vice-presidente para os conteúdos e estratégia do grupo norte Americano Morris defendeu em 2006 que “não pedimos às pessoas para cobrir os acontecimentos, para substituir o jornalista, mas a partilha de opiniões e a troca”. Esta ideia preconizada a 7 de Junho de 2006 no 59.º Congresso da Associação Mundial de Jornais (WAN) é bem actual, passados cerca de 2 anos. As novas tecnologias ou a chamada convergência dos meios de comunicação social estão a permitir o rápido desenvolvimento do jornalismo participativo e, por enquanto, a reagir positivamente a estas novas abordagens. O jornalista propriamente dito não deve sentir-se ameaçado, a meu ver. Deve acima de tudo, compreender que hoje em dia os receptores já querem perceber melhor o que lhes é dado a conhecer e já querem fazer parte do processo de recolha de informação. O citizen jornalism é uma porta aberta ao futuro da massificaçao da informação, não descurando realmente estas novas concepções. As mudanças ocorrem depressa. E por enquanto o jornalismo participativo é que está a dar, a dar ganhos significativos na aproximação dos leitores-receptores e os órgãos de comunicação.

    Leituras online:

    Jeff Jarvis: No jornalismo, as boas ideias são do público. Jornal Público a 21/04/2008. http://ultimahora.publico.clix.pt/noticia.aspx?id=1326487

    Citizen journalism: uma invençao dos jornalistas? Blog Engrenagem, Media e Tecnologia de Joao Pedro Pereira a 15/12/2008. http://www.jppereira.com/engrenagem

    Textos e comentários do Ponto Media, Blog por António Granado, http://ciberjornalismo.com/pontomedia/?cat=11

    Cidadao jornalista revoluciona Media. Diário de Notícias a 08/06/06. http://dn.sapo.pt/2006/06/08/media/cidadao_jornalista_revoluciona_media.html

    terça-feira, 8 de abril de 2008

    Fontes online

    O Jornalista de hoje necessita peremptoriamente de navegar na internet e de se basear na informação disponivel online. Eis alguns endereços electrónicos que podem sempre úteis.

    *
    Recolha de fontes de informação de várias áreas:

    Internacional
    Lusa
    Expresso Online
    Diário Digital
    Público Online
    Jornal de Noticias
    Times Magazine

    Política
    Diário da República

    Tribunal Constitucional Online

    Economia
    Jornal de Negócios
    Dinheiro Digital
    Vida Económica
    Jornal Fiscal
    Forum Empresarial

    Desporto
    A Bola
    O Record
    O Jogo
    Eurosport

    Media
    Rádio Televisão Portuguesa
    SIC Online
    TVI Online
    Clube de Jornalistas
    Blogs Publico Online

    Tecnologia
    PC Guia
    Exame Informática
    Stuff
    Turbo

    Cultura
    Premiere
    Ministério da Cultura
    Blitz
    Jornal de Letras

    Jornalismo (e) audiovisual

    "Somos mónadas obcecados pela comunhão". Assim o referiu em tempos, Georges Steiner, um dos maiores pensadores e humanistas do século XX. Verdade seja dita que nós seres humanos, somos mesmo obcecados pela comunicação e por tudo o que nos possa envolver com os outros. É irremediavelmente necessário usarmos as palavras, as imagens e o som para estabelecermos o tal tornar comum. O Jornalismo é isso mesmo, é um dar a conhecer o que nos rodeia e divulgar informação.
    Porque não aliar a ficção do cinema à realidade em que vivemos diariamente e que está tão entranhada no que fazemos e no que somos? Exemplo disso são os filmes sobre jornalismo, filmes esses que pretendem elucidar-nos sobre esta profissão tão nobre mas tão mal vista actualmente.
    Para consciencializar todos aqueles que estudam comunicação e se interessam pela verdadeira génese da arte de informar, decorre durante este mês de Abril, na Escola Superior de Educação de Coimbra, o Ciclo de Cinema e Jornalismo. Este evento aborda quatro temáticas, uma por semana: A prática jornalística, Os Jornalistas, O 4º Poder e História dos Media. Em cada semana são exibidos dois filmes e realizado um debate que conta com profissionais da área da comunicação e jornalismo, bem como docentes da ESEC. Tudo em prol do bom esclarecimento do que é isto de Jornalismo.
    Jornalismo (e) audiovisual é uma arte emergente. É algo que não assusta nem aborrece. É um aliar de prazer mútuo para aqueles que amam a sétima arte e se deliciam com o imenso mundo de possibilidades que o jornalismo pode oferecer.

    in http://oaquieagora.blogspot.com/